Em mais um passo para a fusão, a Fiat e a Chrysler devem ter uma única administração "muito em breve", disse o chefe da montadora italiana, Sergio Marchionne, segundo reportagem publicada no site "Bloomberg" na última quarta-feira (13). O executivo falou com a imprensa após participar de um evento na Câmara de Comércio EUA-Suíça em Zurique.
No próximo dia 26, a Fiat divulgará seu balanço trimestral, mas Marchionne não confirmou se, na mesma data, anunciará a unificação de comando nas duas montadoras. As negociações entre as empresas começaram em 2009, durante o processo de reestruturação da Chrysler, que foi uma das montadoras mais afetadas pela crise econômica mundial, ao lado da General Motors, e precisou de socorro dos governos dos EUA e do Canadá.
Em junho passado, a Fiat assumiu oficialmente o controle da Chrysler, ao comprar 6% das ações que ainda pertenciam ao governo norte-americano e totalizar 52% de participação. Para isso, a montadora italiana precisou pagar US$ 500 milhões ao Tesouro norte-americano. Pela fatia de 1,7% que pertence ao Canadá, a Fiat ofereceu, também em junho, US$ 125 milhões.
A montadora concordou ainda em comprar as ações pertencentes ao fundo de aposentadoria do sindicato United Auto Working por US$ 75 milhões, sendo que US$ 60 milhões vão para o governo dos EUA e os outros US$ 15 milhões, para o governo do Canadá.
O negócio vai passar ainda por avaliação de órgão regulatório dos EUA. Apesar do aporte da Fiat, o governo deve perder cerca de US $ 1,3 bilhão do total de US$ 12,5 bilhões em empréstimos oferecidos para tirar a companhia norte-americana do buraco.
