Familiares de Yago Batista de Souza pediram que caso seja investigado.
Jovem foi morto por disparo acidental feito policial, segundo a PM.
Um adolescente foi morto por um Policial Militar em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo,
na manhã deste sábado (14). Inconformados, os moradores da região
protestaram. A família e um amigo da vítima, que estava com ele no
momento que ele foi baleado, contestam a versão apresentada pela Polícia
Militar. O governador Geraldo Alckmin, em nota, disse que a família do
jovem vai ser indenizada pelo Estado.
Mo início da tarde, moradores do conjunto habitacional José Bonifácio,
em Itaquera, bloquearam a Rua Virgínia Ferni e colocaram fogo em
madeiras e pneus. Policiais militares fizeram uma barreira para conter
os manifestantes.
No asfalto e nos muros, pichações mostravam a indignação pela morte de
Yago Batista de Souza, de 17 anos. Ele foi baleado pela manhã em frente
ao prédio do CDHU. As marcas de sangue ficaram na calçada. Segundo a PM,
o policial estava em uma operação de rotina e não tinha a intenção de
atirar. "O disparo foi acidental. Provavelmente, o rapaz deve ter feito
algum gesto brusco", disse o major da PM Vagner Seraphim Queiroz.
Para a família e o amigo de Yago, o disparo não foi acidental. " A viatura chegou para abordar eles e um policial de dentro da viatura alvejou o meu irmão que estava sentado. Estavam os três sentados. Falaram que não deu tempo nem de levantar", disse Leandro Batista Lamires, irmão da vítima.
A família quer que tudo seja investigado e diz que não se conforma com a
perda. "Ele não tirou a vida do meu filho, não. Ele tirou a vida de
três, quatro, tem a mãe dele, tem eu, irmãos. E aí?", lamentou Evandro
de Jesus Souza, pai da vítima.
O soldado que atirou contra o adolescente foi preso em flagrante por
homicídio culposo. Ele vai aguardar julgamento no presídio Romão Gomes.
Por meio de nota à imprensa, o governador Geraldo Alckmin lamentou o episódio. Confira a íntegra do comunicado:
"O governador Geraldo Alckmin lamentou o triste episódio que
culminou na morte de um cidadão nestas circunstâncias. Independentemente
da investigação conduzida pela Policia Militar, a responsabilidade do
Estado e inegável. Portanto, o governador determinou a imediata
instauração de procedimento com vistas ao pagamento de indenização do
Estado a família da vitima."
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Qual sua opinião?